Hemet Zamael, o Ilusionista #5

Mesmo quando estava fechado o alçapão ainda dava pra ouvir os gritos de Valoria. Choros, gemidos, gritos, a cidade estava tomada por aquelas criaturas. Depois de um tempo, não se ouvia mais nada além dos grunhidos dos zumbis e seus passos rastejantes.

Minutos se passaram até todos retomarem a consciência. Fora um susto para todos.

– Temos que voltar, podemos salvar algumas vidas ainda, deve haver sobreviventes. Disse Aikor.

– Meu coração está pesado Aikor. Disse o Zamael. – Mas temo arriscar salvar mais vidas e expor este esconderijo de emergência.

– Nunca podemos ajudar todos. A chance de morte é maior do que de trazermos mais alguém vivo para cá. Disse Moz.

– Concordo com o mestre gnomo. Exclamaram Gideon e o Talessin

Em meio a breve discussão, todos se calaram e ficaram com os corações tristes.

– Entretanto. Disse Gideon. – Devemos continuar este caminho e certificarmos sua segurança.

– Minha vez de concordar com você. Gideon. Disse Zamael. – Temos que assegurar as nossas vidas explorando esse caminho. A que ele nos leva Moz?

– Pouco se sabe Mestre Gnomo. Nunca me atrevi a explora-lo, foi dado a mim o dever de guarda-lo. Me assusto só com sua escuridão deste lugar, sinto o ar dos espíritos aqui, como se eles entrassem pelas minhas narinas e vasculhassem todo meu corpo e mente. Disse Moz. – Mas os antigos, meus antepassados relatam de que esta passagem leva a Queda do Guerreiro, ao pântano de nossa região e outros lugares que se perderam com o tempo ou que nunca ganharam nome.

Enquanto a conversa de Moz e Hemet Zamael acontecia um barulho diferente os desviou a atenção. Em meio aos bêbados desacordados, um meio-orc aumentava sua respiração, era tão grande suas narinas que dava para ver o ar entrar sendo umidificado e uma vasão branca quando se expelia. Aos dois roncos o orc levanta assutado.

– Gnash Crak Mush. – O que diabos aconteceu? Questionava o orc assutado.

– Quem trouxe esse ai? Vendo o tamanho do meio-orc agora de pé.

– Fui deu. Disse Talessin. – Vi que só iria conseguir trazer um dos bêbados Gideon. – Então tratei de trazer um bem grande!

– O que acontecer com Roak depois da festa boa na Taverna de Moz? Ou será que Roak está em um daqueles sonhos que parecem ser mais reais.

– Você não está sonhando, Roak. Se é que este é seu nome. Disse o Clérigo. – Sou Aikor, e salvamos você e mais alguns bêbados enquanto o ataque acontecia na cidade.

– Ataque? – Disse Roak enquanto tirava seu machado duplo das costas.

– Sim. Respondeu o Gnomo indo em direção ao meio-orc. – Estávamos todos bebendo e festejando na Taverna do Mestre Moz quando o estabelecimento foi atingido por alguma magia ou munição grandiosa, destruindo metade da taverna de uma só vez. Fomos todos investigar tal insulto ao estabelecimento feliz de Moz quando deparamos com as primeiras criaturas. Fomos atacados por mortos-vivos. Em meio às palavras de um homem que luta dançando, fomos todos defender a cidade. Conseguimos derrubar alguns, mas em pouco tempo a cidade estava tomada. Ao chamado de Moz, nosso salvador, voltamos para a Taverna e entramos neste alçapão. Conseguimos salvar somente aqueles que estavam na taverna, você e mais aqueles.

Roak desviou o olhar para trás e de onde levantou havia mais cinco homens desacordados.

– Roak conhecer o homem que luta dançando. Cassios é o seu nome, também é conhecido como O Incrível. Ele ser um dos melhores lutadores desta região e Roak vir desafiar ele na competição. Ele e todos ao seu nível, pois Roak ser forte também. Disse Roak enquanto se vangloriava quando falava de si e de que conhecia o monge dançante.

– Roak agradecer aos que me ajudaram. Roak ser grato a todos vocês e principalmente aquele me carregou.

– De nada. Disse Talessin. – Seu corpo não me ajudou a carrega-lo. Mas pensei que poderia ser de boa ajuda quando acordasse.

– Roak ser grato por me ajudarem enquanto Roak desacordado. Ajudar vocês com o que precisar.

– Isso será importante. Disse Zamael, respirando fundo quando viu que Roak era além de forte, ser bom. Estava assustado em achar que o meio-orc traria confusão.

– Agora devemos planejar e explorar o lugar. Disse Aikor.

– Sim, vamos nós e Roak fica com Moz e os outros desacordados. Disse Gideon.

– Apoio a afirmação do amigo guerreiro. Disse Talessin.

– Roak ficar com os outros bêbados e Moz, o Taverneiro, mas querer ser recompensado com mais hidromel quando puder.

– E será Mestre Orc se fazer jus de mim e todos estes desacordados. A quantia que quiser durantes 30 dias e 30 noites. Assim que retomar com meus negócios. Disse Moz rindo e abraçando Roak.

– Pois bem. Que assim seja. Disse Aikor. Vamos em frente nós quatro.

Zamael, Aikor, Gideon e Talessin se aprontaram, manterão formação e partiram para onde, durante muito tempo nenhum vivo havia caminhado.

E assim eles foram, despedindo de Moz e Roak.

~CobWeb~

Hemet Zamael, o Ilusionista #4

Taverna

Avante aos gritos de batalha dos outros guerreiros e com a dança sinistra do monge o Bardo começa a tocar seu bandolim. Uma aura emanava do instrumento enquanto o guerreiro e o clérigo sentiam uma inspiração intrínseca a eles. Eles não sabiam o motivo mas, ao ouvir as belas notas do bandolim ambos tinham vontade da batalha. O monge desaparece do campo de visão.

O Clérigo em meio a musica abençoa a todos os combatentes com uma magia divina, contribuindo também para o combate.

O Guerreiro aos berros parte em direção aos mortos vivos. Este se destacava a todos, fora o único que partira em direção à sete zumbis sozinho, mas é claro com a cobertura de seus companheiros de batalha.

Ao cortar o flanco esquerdo de um dos inimigos, o Guerreiro adianta o passo e decapita outro. Após o ataque, cobrindo o lado direto o Clérigo avança e atinge com sua maça outro zumbi, mas o golpe não foi suficiente para derrota-lo.

Zamael olhando a situação cria uma Imagem Silenciosa ao lado esquerdo do Guerreiro. A imagem continha uma cópia idêntica do Guerreiro entretanto sem qualquer cheiro ou som. Ela se movimentava sinuosamente, não portanto armas nem demonstrando posição do combate. Era uma magia para iniciantes e muito arriscada, mas o Ilusionista acreditava nos seus poderes. Dois zumbis tentam acertar a imagem e não conseguem.O objetivo de Zamael foi conseguido, desviou a atenção de dois inimigos a favor do Guerreiro.

O Guerreiro salta e acerta o mesmo zumbi que o Clérigo e o elimina.

Uma das criaturas acerta o Clérigo. O som abafado do soco ao entrar em contato com a armadura faz o Clérigo urgir de dor. Fora um golpe desferido nas costelas.

O feitiço do mago se desfaz após alguns segundos, tempo suficiente para o Guerreiro e Clérigo se recomporem e irem em direção aos quatro últimos inimigos próximo a eles. Haviam muito mais que sete deles em Valoria.

Antes de chegarem Hemet Zamel cita palavras de Brast, o Senhor do Fogo. Um cone de chamas salta de globo carbonizando os quatro inimigos restantes.

Aikor empunha o simbolo de Pêlor e com palavras divinas, um clarão da cor do sol surgi indo em direção aos mortos vivos. Terminando de carboniza-los. O combate havia terminado e a pequena vitória era dos vivos.

Obstante a situação o bardo para de cantar e observa que mais inimigos cobrem todo o patio da cidade, logo todos estariam cercados.

– Temos que fugir! São muitos inimigos, temos que bater em retirada!

– Pelos Deuses, são muitos! Não vamos conseguir derrotar todos por agora! Estamos em menor numero. Diz o Aikor, o Clérigo.

De repente, uma voz surge dos escombros da taverna. Era Moz, com um ferido na cabeça mas totalmente consciente. Diferente de outros que sem possuir nenhum ferimento estavam desmaiados de bêbado nas dependências do que sobrou da taverna.

– Jovens! Já nos defenderam demais! Vamos para o meu alçapão! Corram!

Os combatentes sem pensar duas vezes obedecem Moz e partem em direção novamente a grande taverna.

– Há uma passagem que a muito tempo não fora usada, nem por mim, nem por ninguém. Acho um bom momento para utilizarmos o subterrâneo de Valoria, que as mesmas ruas que se tem em terra se tem abaixo dela.

Moz arrasta o balcão da taverna e abre uma tampa ao solo. Havia uma entrada escura, só se dava para visualizar os primeiros degraus de uma escada.

9 S. José das Taipas 011-001

– Temos que levar esses bêbados insolentes conosco. Seus apetrechos pelas bebidas não devem custar suas vidas, me ajude você! Dizia o Aikor para o Guerreiro.

– A proposito meu nome é Gideon e irei ajuda-lo com prazer, mas que sejamos rápidos! Não quero arriscar meu traseiro por causa desses bebuns!

– E o meu é Talessin, o Bardo. Levantando um bebum pelas costas.

Rapidamente todos os bêbados que estavam na tavena foram juntos para dentro do alçapão.

Todos aqueles. Taverneiro, bêbados e aventureiros estavam a salvo.

Mas por quanto tempo?

~CobWeb~

Hemet Zamael, o Ilusionista #3

     Quando Hemet Zamael se pega na vontade de ir em direção aos dois senhores para perguntar o que teria acontecido os meus ouvidos me chamam mais atenção. Escuto a voz de um plebeu que com velocidade atinge o platô do palanque e dizendo:

– Peço a todos vocês suas singelas atenções, o nosso grande Rei Thenemur III está aqui para dar um recado aos competidores.

     Em meio a espalhafatosa apresentação do plebeu, Thenemur III se aproxima do centro da massa. Estava vestido sua armadura de batalha com belos adornos. Sem o elmo dava para visualizar sua face. Uma barba ruiva tampava-lhe o pescoço e seus olhos eram marcados pelo cansaço. Thenemur III parecia ser jovem, seu corpo o ajudava, o contrário do que muitas coisas que ouvi antes de chegar em Valoran quando o assunto era a idade daquele rei.

– Dou a todos às boas vindas a Valoran. É com muita honra que recebemos todos os competidores, sejam das redondezas ou de terras distantes. Aproveito este momento e anúncio a todos que o nosso torneio irá iniciar em cinco noites. Desejo que todos se acomodem nos recintos de nossa cidade e que sejam bem atendidos. Vejo que temos grandes e pequenos competidores, estou ansioso para assistir não só uma batalha sangrenta mas também várias outras perplexas de estrategias e dispositivos atípicos. Que Kord nos guie.

     Ao término da pronuncia do rei, uma saraivada de urros, berros e palmas acontecem. Todos estavam exitados com a competição e fala do rei.

     Olho para o lado e vejo que clérigo ainda está ao meu lado.

– A proposito me chamo Hemet Zamael nobre sacerdote. Dizia o gnomo astuto.

– Aikor para servir aos fracos e oprimidos, Sr. Gnomo. Responde o clérigo em uni-sono.

– Irei para taverna do Moz, dizem que há a melhor cerveja das redondezas e que seus barris de conversa são mágicos, o que da um gosto peculiar a elas. Toda taverna há informações e deve sempre ter uma boa bebida. Argumenta o mago.

– Exatamente Mestre Gnomo. Irei com você à taverna, preciso não só de informações mas também de uma boa cama, fiquei me retorcendo durante toda a viagem mas não é nada alem do que minha coluna possa suportar. Responde Aikor, o Fragmento Sagrado.

Indo de encontro a taverna, observo toda a multidão. Estava cheio o lugar, era a mais famosa e maior taverna de todas em Valoran, Moz era o seu dono e vivia de orgulho de seu grande e melhor empreendimento. Boa fama ele tinha, não só pela boa bebida, mas também pelas suas informações.

– Grande taverneiro, a maior caneca e a melhor bebida de Valoran para mim! Dizia o gnomo empolgado enquanto escalava o banco do balcão.

– Mestre Gnomo, trarei com o maior prazer a maior caneca e a melhor bebida que tenho. Por incrível que pareça não será a minha cerveja, mas um hidromel mais saboroso do que os dos elfos e mais escuro do que as dos anões. E quanto a você Sr.? Responde Moz, o Taverneiro desviando o olhar do gnomo para o clérigo.

– Gostaria de um caneca também, mas não tão grande quanto ao do meu companheiro. Solicitava o clérigo.

Em meio as goladas de uma caneca maior que a cabeça, Hemet observa os dois senhores que estivera, anteriormente, sido expulsos da caravana. Um deles possuía brunêa, escudo e espada, enquanto outro um olhar astuto, bandolim e besta.

O musico estava a se apresentar no palco, e sua musica estava confortando todos os clientes de Moz.

Em meio aos cantos e danças, todos bebiam e estavam felizes. Pelo menos naquele momento não havia preconceitos nem inimizade e muito menos competições, a não ser apostas de quem bebia mais hidromel!

De repente um barulho é escutado vindo dos céus, somente àqueles que não estavam totalmente embriagados ouvirão tal petardo e se assustaram.

Em instantes uma grande massa de fogo colide contra a grande taverna de Moz. Não havia mais a parede anterior da taverna.

Em meio a fumaça e o silencio de todos com o acaso, uma voz surge de dentro da taverna.

– Por Kord, não acredito que interromperam minha dança e bebedeira antes da hora. Irei acabar com quem acabou com minha festa e com a taverna de Moz!

Salta um senhor em meio a entrada taverna. Ele era magro, sua pele castanha ia de contraluz a suas belas manoplas douradas, único utensilio de metal que revestia seu corpo. O resto era coberto somente por panos e seu peito era nu.

Com as palavras daquele senhor, Hemet Zamael ficara surpreendido com o acaso, mas queria castigar quem quer que seja aquele que estragou com a festa de todos e com a boa musica do bardo. O gnomo salta e segue o monge. O clérigo, preocupado com o gnomo o segue.

Olho para trás e vejo o bardo e o guerreiro, os dois senhores que haviam expulsos da caravana.

Quando retomo a visão à frente avisto em meio a fumaça o monge em meio aos inimigos. Socos e chutes apareciam no ar como um dança. Sim, eram vários inimigos e não somente um.

Com a queda da fumaça agora conseguira ver perfeitamente tais criaturas, eram todos zumbis.

Incrível a quantidade de mortos-vivos no pátio de Valoran, algo mágico aconteceu e posso tenho certeza que há algo relacionado ao Lich.

Apronto meu grimório e pego meu globo. O combate iria acontecer.

Mago, Bardo, Guerreiro e Clérigo iriam batalhar juntos… um grupo estava a se formar.

~CobWeb~

Hemet Zamael, o Ilusionista #2

     A caravana parte do leste de Monterlinds e pega a estrada rumo a Valoran. Na estrada de Bloop, outras caravanas se avistava vindas de outras direções. Essas comitivas se encontram numa mesma estrada principal e formar fila, me parece que todas estão com o mesmo destino. A manhã desaparece e depois da ceia do meio dia volto a me concentrar no caminho. A carava era apertada para os humanos, mas até acessível para os gnomos. A base feita de madeira maciça e bancos com o mesmo material, uma lona antiga cobria-nos o céu, era uma caravana para viagens curtas.

     Pelo ângulo de visão avisto uma situação atípica de minhas terras natais na caravana à frente. Um sujeito se aproveitando de um velho a dormir, rouba-lhe um pergaminho e seu bolsão, onde deveria conter suas moedas ou qualquer outro objeto de valor. Se não fosse avisado pelos meus mestres de Felkor, acharia aquilo surpreendente e alguma coisa teria feito para impedir. Mas os humanos são diferentes de nós gnomos magos. Devemos nos intrometer naquilo que realmente levará a uma grande relevância, não podemos defender tudo e nem todos, não devemos também arriscar nossas vidas por todas casuísticas impróprias.

     Um outro senhor se aproxima do ladrão. Pelo que parece eles estavam dialogando, mas não conseguia ouvir nada. Ficaram ali por instantes conversando ate gerarem um tumulto na caravana. Me parece o que senhor havia visto assim como eu a punga no ato. Estes dois são expulsos e obrigados a terminar o caminho a pé. Por sorte, já conseguia avistar Valoran e a grande Torre Negra. Estava à umas seis milhas da cidade competitiva. De certa forma, seria uma caminhada curta para àqueles dois.

     Ao passar dos portões de Valoran, avisto um grande tumulto. Uma multidão vasta e vasta raças se encontravam. Via-se pessoas do meu tamanho, um pouco maiores, maiores e muito maiores. Não me fixei muito ao contornos da cidadela, me dirigi ao tumulto. Algo me mostrou que aqueles eram os candidatos à competição. Indo em direção me aproximo de um guerreiro sagrado. Bom, pelo menos parecia ser se não fosse pela sua armadura com adornos do Sol, maça e o simbolo de Pêlor no escudo e no amuleto em que utilizava.

– Está aqui para a competição Guerreiro Sagrado? Meus conhecimentos me dizem com clareza que Valoran não há devotos de Pêlor. Pergunta o gnomo entusiasmado.

 

-Sim, Mestre Gnomo. Vim representar minha ordem neste torneio. Mas outras situações me trazem a esta cidade. E você? – Responde o clérigo com singela edução.

-Hehe. Faço da sua minha resposta. Vim para competir, mas também para investigar outros assuntos.

Bom, de certa forma não posso te julgar pelo tamanho. Mas pelos tamanhos dos outros os desafios para você serão difíceis. Espero que seja rápido e sagaz com seus adversários. Haha! – Responde o clérigo alegre, mas preocupado com a coragem do pequenino.

Enquanto conversava com o clérigo, Hemet Zamael avista os dois senhores chutados da caravana. Eles tinham sangue em suas armas e armaduras. Mas não era visto nenhum ferimentos em ambos. O que poderia ter acontecido?

~CobWeb~

Hemet Zamael, o Ilusionista #1

     Quando criança ajudava meu pai na loja de poções. Balidur era seu nome, era também conhecido como Franel, mas gostava de ser chamado de Lindon. Nasci e cresci em Kaz Modam, a cidade dos Gnomos, no subterrâneo, aprendendo com meu pai os truques de uma bela e negociável poção. Entretanto, diversas vezes saía dos corredores rochosos para contemplar o cheiro das folhas, o verde das árvores e sons dos animais, assim aprendi sozinho alguns truques mágicos e a comunicar com eles.

     Kaz Modam por eras atrás fora sitiada por um dos nossos mais antigos e saudosos amigos, os anões. Cavaram nas montanhas de forma a cumprirem o desejo de se criar uma grande fortaleza. E conseguiram. Entretanto, o número dos anões com o passar dos anos foi crescendo e cada vez mais se achava menor Kaz Modam. O que motivou Barduk II, o Lord Anão, a cavarem mais profundos e cumpriram seu mais novo desejo, queriam algo não só maior mas também mais protegido. Hoje, os anões vivem além de Kaz Modam, em algum lugar espantosamente maior e mais protegido. A cidade foi deixada para os Gnomos, que desde aquela época alguns já moravam na Grande Kaz, como também era chamada. E foi isso que aconteceu. Até hoje alguns anões caminham sob a luz do sol e alguns voltaram a Kaz Modam, ficam alguns anos e depois migram para o subterrâneo novamente. São sempre bem vindos, principalmente quando trazem coisas novas, pedras e utensílios atípicos desconhecidos pelos gnomos.

      Aos vinte e cinco anos comecei a viajar em caravanas com meu pai, aprendi com ele, os valores de uma boa negociação e permuta. E pela primeira vez me afastei das montanhas e florestas para experimentar o salgado litoral e as vastas e extensas planícies. Juntamente com toda dialética comercial aprendi a língua dos elfos e a comum dos homens, pois as dos anões já havia aprendido com meu pai e com um ou outro viajante anão. Mas meu destino era outro, a ser um mero comerciante, mal sabia eu que aquele ano mudaria todo meu destino. Aos meus trinta nos de idade um tio distante volta à Kaz Modam com um tarefa. Deveria levar consigo um aprendiz para as profundezas do subterrâneo, para aprender a magia. Fascinado com a oportunidade de me tornar um mestre do conhecimento e subjugar o destino de minha vida, demonstrei ao meu tio o interesse de aprender profundamente a magia. Me tornei integrante do clã Felkor, de Hemet, passo a me chamar também Zamael, o Ilusionista.

     Depois de 10 anos de incansáveis estudos e tarefas, conclui meus estudos iniciais. Minha missão agora é aprimorar meus conhecimentos através da pesquisa ininterrupta e voltar um dia para minha terra com um novo discípulo.

      Eu vou para Valoran, é temporada de competição na cidade litorânea. Dizem que os magos não são muitos bem vindos lá, depois que uma criatura denominada “Lich” causou muita destruição da cidade. Se não fosse por Tenemur III, o atual rei, o “Lich” estaria a solta até nos dias atuais e sabe nunca se pode pressupor o que teria acontecido com todos nós.

 

Pois bem, uma caravana parte do leste com destino a Valoran e eu estou nela.

Investigarei de perto o tal “Lich” e quem sabe desfrutar de um combate.

~CobWeb~

Aventura nas Terras Protegidas #1

Vallanar, continente norte de Autros (mundo), vive tempos difíceis, a intitulada grande batalha esta prestes a acontecer. A luta contra os quatro componentes que governam a terra média. Os escudos de proteção estão se esvaindo. Glibe, rei das terras nórdicas estuda outras formas de restabelecer a proteção, uma vez que as baterias de esterotritos, material responsável pela combustão das barreiras estão se esvaindo. Material importante este chamado de esterotritos, elementos rochosos que até hoje não se sabe certamente sua origem. Acredita-se que são fragmentos de meteoros que chegaram à superfície da terra. Há também, para os mais religiosos, que as rochas são dádivas divinas.

O conselho mestre de Vallanar pressupõe que poderia existir tal elemento nos demais continentes de Autros, mas desativar os escudos mesmo que seja por breve instantes poderia trazer várias desgraças. Da mesma forma que a aura emitida pelos esterotritos impede a entrada dos inimigos, estes também impedem a expansão dos vallanares.

A quatro gerações atrás houve uma guerra de disputa para a conquista das regiões demográficas de Autros. Vallanar foi vitima de um ataque combinado e sofreu vários danos. A única forma de se protegerem foi com a magia de proteção de Taric, que ainda em experiência usufruía dos tais “materiais divinos”. Este deu a oportunidade de existência para os Vallanares, a única possibilidade permanecerem neste mundo. Durante seis anos de conjuração, Taric fez com que a impenetrável barreira fosse estudada pelos seus discípulos. Sendo aprimorada e aumentada sua área de projeção. Contudo, era de se esperar que um dia o combustível rochoso ou divino iria esvair. Fora realizado novas escavações na tentativa de encontrar mais esterotritos no subterrâneo, mas até então nada foi encontrado.Para aqueles que há conhecem, acreditam que uma escavação muito antiga no continente do norte, que jamais fora explorada totalmente pelos Vallanares possa ter o material procurado. O que reforça a ideia de presença inimiga.

Glibe, decide recrutar uma parte de seu exercito para aventurar nas terras protegidas pelo escudo objetivando a proteção de ataques surpresas.

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O batedor volta do sul, o mais rápido possível. Seu rosto banhado pelo suor, sua face pura de desespero fitava o reino de Vallanar a algumas milhas de distância. Chegando de encontro ao portão principal, um código de emergência é pronunciado. – Balidur Gull’Tzur. Instantaneamente os portões se abrem, ninguém poderia saber tal código vindo de outras terras.

 

O militar passa sobre a periferia, comércio e demais pontos do reino, ele tem um único objetivo, ir de encontro ao Rei Glibe. Na região nobre, encontra-se o castelo de Gol’Darra, seus portões já estavam abertos para receber o batedor. Ele, salta do cavalo exausto e continua sua corrida até chegar de encontro ao salão central.

Ajoelhando para a Majestade, depois se levanta observando o cenário e começa a pronunciar para toda corte.

– Foi em um dia de tempestade forte, o vento forte batia nas torres de proteção e a água escorria até encontrarem com o solo. Os escudos estavam intactos, invisíveis, até que começa a trovejar. As barreiras antes invisíveis, piscando começam a aparecer, uma grande parede branca, alta e clara. O que era temido em todo continente de Vallanar começa a acontecer, e naquele momento sem que ninguém o saiba.

A única forma de proteção totalmente segura estava se desintegrando, aumentando a cada segundo. Buracos iam se formando e abrindo com o passar o tempo, o dia chegou Sua Alteza.

A Grande Batalha irá acontecer novamente…

~Alexandre CobWeb~

Renegado Felmor #2

Sabadão é dia de relaxar o corpo e a cabeça. Leia algo diferente aqui.

– Started –

Um som se energizando aumentava a cada segundo. Felmor conseguiu observar que este som era mais audível do lado esquerdo do que seu lado direito. Instintivo, um salto para frente o livra do contato imediato com tal energia. Um raio de choque saíra da boca de um dos golens.

– Droga, este era meu ultimo sopro. Dizia o golem que disparou.

Felmor interpreta tal ação como o inicio do combate, e também ataca. Independente do tamanho de sua espada, os golens pareciam ser resistentes, até mesmo por serem feitos de pedra. Não foi a mesma conclusão que obtive quando o contato de Nakrak ao fatiar todo o flanco esquerdo de um deles, indescritível o quão fácil foi penetrar na superfície de pedra de um deles.

Todos os golens se adiantam e tentam o acertar, agora com cabeçadas e seus longos braços. Felmor, rola e se levanta defendo de um soco de golem com a própria espada. Defende de outro com sua própria mão. Um terceiro o atinge nas costas e em seguida outro o atinge em seu ombro direito. Felmor dessa vez cai e não se levanta, agora ele conseguia contar, eram oito.

Todos os  golens o mobilizam, exceto um.

– E agora Felmor? Que tal voltarmos para casa?

Em meio a conversa, o golem se transfigura em uma outra criatura. A pele de pedra começa a cair de seu corpo, iam se derretendo ao entrarem em contato do solo. Seus olhos, cheios de lava começam a secar até virarem grandes bolas negras para depois ficarem extremamente vermelhas. Um par de asas ia se abrindo a medida que dois chifres ganhavam tamanho na criatura.

– Haha, estou famoso mesmo. Balldurst enviou diabretes atrás de mim? Dizia Felmor.

– Não vá se vangloriando, somente um  e transfigurado. Os demais são golens. Dizia o demônio. – Desde que você se afastou, o procuramos em todo lugar. Sua busca já nos custou muitos mais do que os danos de sua traição, mas o ego do Mestre é maior. Quer você vivo para que ele mesmo dê o castigo que você merece. Entretanto, eu vou começar algum aqui mesmo. Um fogo surge da mão do demônio, até se transformar em um chicote. – Gosto dessa arma. Boa para castigar quem merece!

– Entendo, mas infelizmente não será hoje que você vai usa-la. Pelo menos em mim. Dizia Felmor como se fosse o dono da situação. Os golens ainda o mantinham imobilizado e apertaram mais forte quando Felmor disse tais palavras.

– Haha, é mesmo. Vamos ver. Há! Dizia o demônio.

Ao ver os gestos do demônio, Felmor tinha certeza, em instantes algo ia o partir a carne. O chicote vinha em sua direção.

Os olhos de Felmor, ficam vermelhos a medida que o chicote de fogo aproximava. Um sorriso sarcástico o cobria-lhe o rosto. Seus punhos começam a pegar fogo até derreter aos mãos do golens. Felmor segura o chicote de fogo com a mão e o tira das mãos do demônio enquanto os golens se afastam amedrontados. Com um comando sua espada volta para a mão.

– Ash Gnack. Eu disse a você, amigo.

Agora com chicote e espada Felmor, trespassa Nakrak no peito de um golem, enquanto salta e atinge outro pelo pescoço. Com o chicote busca outro pelos pés e encrava a espada na sua cabeça.

Outro, outro e outro caíram, até sobrar o demônio.

– Devolva meu chicote. Ele é meu, o próprio mestre me deu. Diz o demônio.

– Eu não, acredite mas eu gostei dele. Dizia Felmor.

O demônio, sozinho e sem sua arma não teria chances de vencer Felmor.

Com um estalo, um portal de fogo surge atrás do demônio. Este caminha de costas entrando no portal.

Espere o Mestre saber de que, alem de traidor, Felmor agora é um ladrão também! Você me pagará!

O demônio desaparece.

– Droga, Orion era um belo cavalo, para onde será que ele foi? Mais oito semanas andando a pé.

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Renegado Felmor #01

Texto feito pra galera que curte situações “like anime” !

– Started –

Voltava o guerreiro de uma batalha que quase havia lhe retirado à vida. Ele mal respirava, mas seus punhos continuavam serrados nas rédeas de seu cavalo Goldad, durante todo caminho de volta pra casa. Qualquer individuo digno de um cognitivo inalterado, viria que aquela criatura, não era um homem normal. Pelo tamanho de sua espada, seria necessário três ou mais homens para carrega-la, contudo suas costas e seu cavalo o resistiam. Saindo da planície e adentrando a floresta a noite já cobria-lhe o corpo, uma vegetação serrada e difusa ia aumentando a medida que o cavaleiro trespassava a mata.

O cavaleiro de repente para, me parece que ele observou algo, mas seus olhos não podiam avistar nada a mais que o negro da noite, o verde das folhas e o cinza dos troncos.

– Vocês não deveriam estar me seguindo qualquer que seja a raça ou o que querem, por mais que eu esteja ferido ainda aguento uma ou mais duas pelejas.

Algo surge do crepúsculo e diz:

– Haha, você nos considera “qualquer raça” ! E se não tivermos raça seu mortal insolente? O que iria fazer?

Outro pula das copas das arvores. Deste, dava pra visualizar os olhos vermelhos e a pele feita de pedra ou algo parecido…

– Este é seu fim Felmor, o patrão nos enviou de longe para darmos cabo a você e não acostumamos voltar de mãos vazias.

Outros seres iguais iam surgindo à medida que o dialogo continuava…

O guerreiro desce do cavalo, que imediatamente volta a galopar.

– Não sei por que vocês voltam pra esse mundo parecendo pedras de aquário. Pois bem, adiante com o plano de vocês.

O vento batia em seus cabelos soltos e pretos, agora em sua mão, empunhava a intitulada Nakrak, o fragmento sagrado do norte, espada da qual foi forjada no subterrâneo de Kaz Modam a mais de mil anos atrás. Acredita-se que as armas forjadas em Kaz Modam com o tempo ficam mais fortes. Pelo ângulo de visão, não daria para ter certeza da quantidade de inimigos. Felmor decide proteger o flanco esquerdo, do qual tinha menos habilidade e possuía um ferimento em corte que sangrava constantemente, sendo assim, poderia ser interpretado como um ponto fraco. Em alerta, inexpressivo, observava a todos, estava preparado para qualquer movimento de seus inimigos.

Até que então…